Trilhas da Cultura: masterclass com Natara Ney abordou o processo de edição e montagem para o cinema

A cineasta Natara Ney na masterclass Edição e Montagem para o Cinema que aconteceu no Hub ES+ dentro do Trilhas da Cultura. Foto: Melina Furlan/ Acervo Galpão IBCA

“Edição é um processo de reflexão sobre o que foi filmado”. Essa foi uma das definições dadas pela cineasta Natara Ney na masterclass Edição e Montagem para o Cinema, que aconteceu na noite de segunda-feira (05), no Hub ES+, dentro do do programa Trilhas da Cultura, uma realização da Secretaria da Cultura (Secult ES), em parceria com o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA) via chamamento público, e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (Minc), Governo Federal.

Entre os vários assuntos abordados no encontro, Natara falou sobre seu trabalho no cinema. “Montadora é o trabalho que eu faço, que algumas pessoas chamam de edição e outras de montagem. Que é um trabalho que basicamente consiste em dar um fluxo, uma fluidez no material que foi filmado.”

A primeira dica dada pela diretora foi pensar na metodologia para o trabalho. “A primeira coisa que a gente tem que pensar quando a gente vai editar é em organização. E como tudo que a gente faz, no set de filmagem, termina na montagem. Quando eu pego um material para editar, a primeira coisa que faço é backup. E a segunda é criar um método de organização do processo. E cada montador trabalha de um jeito e tem uma forma de organizar o seu processo. E a organização é fundamental para que nada se perca.”

A cineasta falou também sobre o processo de edição. “Edição é pegar uma quantidade do material que foi filmado e direcionar para quem a gente quer contar. Então quando eu estou editando eu estou pensando nas pessoas que eu quero atingir. Então quando você pega um processo de edição é preciso saber com quem eu quero falar.” 

Além do trabalho prático, Natara Ney deu dicas de plataformas sobre cinema e uma série de publicações que ampliam o olhar e auxiliam no trabalho audiovisual. E destacou a importância de uma boa leitura para a realização de um bom trabalho. “De todas as ferramentas que a gente tem na vida, a leitura, é a que vai dar mais estofo pra tudo que a gente for fazer. Se você não souber ler um roteiro, não souber ler bem, você não consegue fazer um filme. Ninguém dirige se não ler bem. Ninguém atua se não ler bem. Porque você precisa entender aquele filme. Você precisa ler aquele filme. Para quem você está fazendo aquele filme. Você não consegue montar se não ler bem.”

A artista visual Yuriê Yaginuma aprovou a masterclass. “Foi muito bom conhecer o trabalho da Natara Nery. Ela é muito inspiradora, tem referências muito incríveis. Achei a masterclass ótima.” O músico Bruno Hanstenreiter, que trabalha com sound designer, aproveitou a oportunidade para aprofundar os conhecimentos no universo audiovisual.  “Eu gostei muito da masterclass, porque eu trabalho com som. Eu pego o filme depois da montagem. Então foi muito interessante entender esse processo e também pensar no meu fazer. Foi ótimo.”

O Trilhas da Cultura é uma realização da Secretaria da Cultura (Secult ES), em parceria com o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), via chamamento público, e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (Minc), Governo Federal.

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