Cultura em Toda Parte leva programação diversificada para Montanha

O espetáculo Contando Histórias de Forró apresentou a história de 19 anos do Grupo Estirpe. Foto: Vikki Dessaune/ Acervo Galpão IBCA

O Cultura em Toda Parte 2024 segue percorrendo os municípios do Espírito Santo. De 25 a 30 de novembro, a caravana itinerante desembarcou em Montanha, no norte do estado, com uma programação gratuita que apresentou uma série de atividades e formações que foram realizadas na na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Dom José Dalvit. Na sequência, o projeto vai para Aracruz. Toda programação é gratuita.

A programação cultural em Montanha começou na sexta-feira (29), com a apresentação de dança Batinga, de Elidio Netto, que é artista da dança e ativista pelo direito de fruição e amplitude social da cultura. “Nesse espetáculo solo eu trago toda a ancestralidade da minha família, trazendo histórias da minha mãe, da minha avó, do barro que eu ia buscar num rio lá em Muniz Freire, para limpar nosso fogão à lenha.”

No sábado (30), Kika Amorim fez a contação de história Lendas de Arrepiar. Ela leva contos populares para público de classificação livre, prometendo alguns sustos com todo o tempero de suspense na apresentação. “Agradeço por estar nesse lugar maravilhoso e dizer o quanto foi legal ter participado desse evento. Eu adoro contar lendas de arrepiar e foi um dia de muitos gritos, pulos na cadeira, com minhas histórias.” Logo após, Fabrício de Jesus apresentou o espetáculo Contando Histórias de Forró, que apresentou a história de 19 anos do Grupo Estirpe, da cidade de Mucurici, com proposta inserida de movimentos modernos, como acrobáticos, dinâmicos e passos contemporâneos. “É um espetáculo para contar nossa trajetória rica e cultural. É uma apresentação com muitas cores, muita leveza e muita alegria. São 82 artistas que já passaram pelo grupo”, revela.

Fechando a programação, a contação de história Teatro de Formas Animadas, com a Cia. Teatral Art’Manha. De forma ágil e divertida, a contação tem como proposta mostrar de maneira lúdica as aventuras de um livro mágico, brincando com a imaginação e abordando a importância da arte. “Estamos há 10 anos fazendo teatro, arte e cultura, por várias cidades do Brasil. Fizemos contação de histórias que foi uma experiência emocionante, baseado no Saltimbancos. O Cultura Em Toda Parte acaba sendo uma oportunidade para os artistas de vários lugares do Espírito Santo, tendo a oportunidade de mostrar nosso trabalho”, contou Kaio Rodrigues.

Formações

Além da programação cultural, as atividades de formação também integraram o Cultura em Toda Parte 2024. A atriz, diretora artística e diretora de produção, Verônica Gomes, ministrou o curso de formação Interpretação Para Teatro, TV e Cinema. “Foi fascinante. Tivemos 40 participantes muito criativos. Eu trabalhei com eles materiais de estudiosas da interpretação. Nesses dias todos eu fiz com que eles entrassem no mundo da atuação e da interpretação, e saio muito feliz de Montanha. A cidade é linda, bem cuidada e os alunos e alunas foram muito interessantes.”

Já no sábado (30), aconteceram duas atividades de formação. Fábio Perere e Claudia Viuvanegra realizam a Oficina Contação de História Afro-Brasileira: Celebrando a Diversidade e Cultura. “Pela segunda vez, estamos participando do Cultura Em Toda Parte, que é um projeto muito importante levando a cultura para vários municípios, como nessa etapa em Montanha. O projeto não pode parar por aqui. Cultura é viajar, somar, criar, multiplicar cultura”, afirma a dupla. Por fim, Fagner Chaves apresentou a palestra Resistência: história e cultura indígena no Brasil. “Minha palestra falou do que foi a luta dos indígenas desde a colonização do solo brasileiro e como essa resistência se dá atualmente. Esse projeto é importante porque, além de reunir fazedores de cultura que podem realizar um intercâmbio, e também a democratização das atividades artísticas e do conhecimento”.

O Cultura em Toda Parte é uma realização da Secult, em parceria com os Institutos Brasil de Cultura e Arte (IBCA) e Raízes, via chamamento público, e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (Minc).

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