O município de Vargem Alta foi a segunda parada do Cultura em Toda Parte 2022 – Região 2. Entre os destaques da programação estão as atividades de formação que aconteceram de quinta-feira (31) a sábado (02) no Auditório do CRAS, no Caminhão Escola, estacionado ao lado da Praça Alberto do Carmo, e na EEEFM Presidente Lüebke. Cada oficina aconteceu ao longo de dois dias e as palestras foram em uma única apresentação.
Quem abriu a programação na quinta-feira (31) foi Victorhugo Passabon Amorim, com a oficina Roteiro Criativo para Audiovisual. O oficineiro destacou a importância de descentralizar as atividades de formação da Grande Vitória. “Acho fundamental trazer oficinas de produção de escrita audiovisual em cidades do interior, pois essa é uma maneira de a gente estimular novas histórias e poéticas que poderão ser transformadas em filmes. Parabéns a Secult, com o projeto Cultura em Toda Parte, por potencializar novos artistas no estado”.
Às 19 horas, teve início a primeira palestra do evento: Performance e Comunicação – Práticas Culturais Afro-capixabas, com Sara Passabon. “A experiência de estar replicando algo que a gente crê, e entende que é necessário para a transformação de uma sociedade melhor, é sempre muito bem-vinda. E eu só tenho que agradecer essa oportunidade”, disse a pesquisadora. Marilace Raveira, moradora da comunidade quilombola de Pedra Branca e aluna da EEEFM Presidente Lüebke, assistiu a palestra e destacou a oportunidade de sempre aprimorar o conhecimento. “Gostei muito dessa palestra, que ensina a gente a crescer como pessoa. Eu gostei muito e aprendi bastante. Espero cada vez mais ajudar a preservar a nossa cultura”.
Na sexta-feira (01), a programação começou com a palestra Pra Fazer Acontecer: Uma Ação Cultural, com Anclébio de Oliveira Junior. “É sempre muito bom estar falando de cultura. Falando de fazer e acontecer na área da cultura. Essa ‘interiorização’ da cultura é muito importante pra gente que mora aqui”, pontuou o palestrante que é morador de Cachoeiro de Itapemirim. À tarde, aconteceram duas outras atividades de formação às 14 horas: a oficina Corpos Possíveis, com Ricardo Reis; e a palestra Educação Patrimonial e Educação, Memórias e Identidades, com Clair Júnior, que destacou a interação com a turma. “As professoras que estavam presentes perguntaram sobre os temas atrelados à realidade local: como pensar e identificar a questão do patrimônio. Essa troca foi bem interessante porque eu tive a oportunidade de passar um pouco da minha experiência e da minha trajetória com patrimônio cultural e elas corresponderam trazendo dúvidas e questionamentos. Foi muito legal, as pessoas interagiram bastante com a proposta”.
Ricardo Reis falou sobre o trabalho inicial que foi de sintonizar a energia dos alunos da escola EEEFM Presidente Lüebke, onde aconteceu a oficina, e da troca com os inscritos. “A gente está nesse espaço, nessa escola, e os alunos estavam em outro estado de atenção. Então eu tive que ter um ‘molejo’ para sintonizar a energia, mas foi muito proveitoso. A galera se dedicou, eles aproveitaram bastante”. Maria Eduarda Martins Chiesa, que participou da oficina Corpos Possíveis, adorou a experiência. “Eu gostei muito. É uma forma muito boa de movimentar o nosso corpo. Eu amei a dança, todo o trabalho que foi feito com a gente. Eu amei tudo. Foi muito bom”.
No sábado (02), a programação contou com a palestra Planejamento de Redes Sociais para Eventos Culturais, com Aline Alves. A jornalista falou sobre estratégias e ferramentas para divulgação de projetos ligados à arte e cultura. “A palestra foi um grande bate-papo, uma troca com exemplos reais de quem estava presente. Saí feliz por ter contribuído e por fazer parte de um projeto tão completo. Percorrer o estado em caminhões que se transformam em palco e em sala de aula é, por si só, algo que desperta a curiosidade e a vontade de participar. A formação de público passa por esse encantamento e não tenho dúvidas de que a programação vai continuar um bom tempo na memória dos moradores de Vargem Alta, assim como na minha!”.
O Cultura em Toda Parte 2022 é uma idealização da Secretaria da Cultura do Espírito Santo e conta com a gestão e operacionalização do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA. Essa iniciativa também conta com apoio da Findes e do Sesi.
O Cultura em Toda Parte foi viabilizado por Edital de Chamamento da Lei Aldir Blanc, vinculada à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.