Aproximar a escrita do rap, da música e da periferia. Essa foi a proposta da oficina Escrita Criativa – Fanzine Rap com Verso, ministrada pelo articulador cultural e educador John Conceito. O minicurso teve o objetivo de provocar os alunos e despertar interesse na vida que os cercam, com um olhar poético, tanto em versos quanto em prosa rimada ou não.
#Dia1
A oficina começou com um depoimento de Conceito sobre a sua vivência na periferia. Na sequência, o articulador apresentou um trecho do escritor Paulo Leminski falando sobre a cultura periférica. Ele também falou sobre a didática da invenção da pedagogia periférica e introduzindo a poesia dentro deste conceito.Ele trouxe exemplos das correntes filosóficas de René Descartes e a filosofia Ubuntu e traçou um paralelo entre o “penso, logo existo” e “eu sou porque nós somos” e como uma coisa difere da outra e ao mesmo podem dialogar. John também falou da importância e de como a poesia mudou o seu cotidiano e encerrou a aula com exibindo o curta-metragem Meu Amigo Nietzsche.
#Dia2
O segundo dia de formação teve início com John jogando luz sobre Slam, que são uma batalhas de poesia falada. Destacou o Slam Botocudo, o primeiro evento do gênero no Espírito Santo e do qual ele é integrante. Ele também destacou a proximidade do slam com o movimento hip hop, que ele considera um braço do estilo, além de apresentar um diversos eventos do gênero de vários lugares do Brasil exibindo vídeos para ilustrar as apresentações.
#Dia3
No terceiro e último dia, o instrutor John Conceito contou com a participação de Pedro “Gazu” Antonio Freire, doutor em Estudos Literários, A dupla falou sobre oralidade, o universo do rap e os atravessamentos entre música e poesia. “A rigor a palavra escrita é muito recente na história da humanidade. Ter palavra é você cumprir aquilo que você disse. A oralidade tem um peso singular na história da humanidade. Esse privilégio foi cedendo espaço para a cultura escrita, mas não podemos esquecer a gramática do som é anterior a gramática da fala”.
Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, apoio do Sesi Cultura e da TV Educativa do Espírito Santo, o Cultura em Toda Parte – Módulo Norte conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC) para realizar Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.