Oficina de Mediação estimulou ações teóricas e vivenciais sobre o hábito da leitura

By 28 de maio de 2021junho 11th, 2021Notícias

 

Mediação de Leitura

Lilian Menenguci e alunos da oficina Mediação de Leitura – Além das Palavras

Pensar em ações teóricas e vivenciais sobre hábitos de leitura. Essa é a proposta da oficina Mediação de Leitura – Além das Palavras coordenada pela Professora e Doutora em Educação e Especialista em Acessibilidade Cultural, Lilian Menenguci. A oficina aconteceu entre os dias 25 e 27 de maio, dentro da programação do projeto Cultura em Toda Parte – Módulo Norte

#Dia1

A primeira aula teve início com Lilian abordando a importância da experiência teórica aliada às vivências de leitura de cada mediador. “Nós vamos pensar questões que são teóricas, mas a gente também vai trazer isso associado a vida, as vivências, ao experiencial. A nossa vivência de leitura, vivência de leitor, e ser alguém que se permite atravessado pelas experiências leitoras. O nosso foco aqui é pensar essa mediação, a partir do nosso estofo teórico e prático, mas com o objetivo de construir possibilidades de fomentar o hábito da leitura” pontuou ela. 

Lilian também falou sobre a importância de mediar a leitura em diversos espaços não tradicionais. “Fomentar o hábito da leitura em quaisquer que sejam as ambiências. Inclusive as ambiências educacionais, mas não exclusivamente nelas. Pensar esse fomento também em bibliotecas, que podem ser também as escolares, mas também as públicas municipais, estaduais ou federais, além das bibliotecas comunitárias. E de pensar isso no espaço público de uma forma geral: sejam eles abertos ou fechados, sejam eles edificados ou não. E ainda em pensar esse fomento em espaços culturais. E principalmente , nas nossas casas. E esse é um grande desafio”. 

#Dia2

No segundo dia de oficina Lilian lançou uma provocação para a turma: “Qual o trabalho do mediador?”. Segundo a palestrante, o trabalho do mediador é ler com as pessoas. “Ler é a mola propulsora do trabalho do mediador. O trabalho do mediador começa na leitura, mas ele não se encerra na leitura. Começa na leitura que o mediador faz para ele mesmo. O ofício dessa pessoa é fazer a leitura. E ler de muitas formas possíveis” explicou ela. 

Para ela, o mediador de leitura é alguém que possui uma relação estreita com os livros. “O mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz. É um leitor que está atento ao movimento da humanidade, que começa nele mesmo. Ele tem como trabalho se deixar tocar pelos livros. Ser atravessado por aquilo que ele lê”. 

Além disso, os alunos apresentaram uma imagem compartilhando alguma dica de leitura e as impressões sobre esse livro. A participante Josilene Nery falou sobre o livro Pequeno Manual Antes Racista, da Djamila Ribeiro, “Às vezes a gente incorpora no nosso discurso algumas falas extremamente preconceituosas e encara com naturalidade”. 

#Dia3

Na terceira e última noite da oficina, Lilian aprofundou sobre as definições do trabalho do mediador de leitura. A formação abordou o papel do mediador, as funções que ele tem em diferentes espaços de mediação e quais os critérios que são adotados para levar um texto para alguém, além da mediação para crianças e idosos. 

Lilian falou sobre a importância de ser mediador para além dos espaços convencionais e da importância de criar uma relação entre o ouvinte e o mediador. “A gente precisa criar não só novos espaços, mas permitir que durante esses processos de mediação que o outro, o sujeito desta atividade junto conosco se sinta acolhido e respeitado tanto na manifestação expressa do seu comportamento quanto no silêncio do qual ele pode fazer uso”. 

Fechando o ciclo aconteceu uma roda de leitura coletiva do texto O Perigo de uma Única História, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. A dinâmica era propor aos participantes que cada um lesse um trecho da obra como gostaria que alguém fizesse a leitura para você mesmo. Afinal, “a vida do mediador de leitura é ler. Ler para ele mesmo, ler para o outro e ler com o outro” definiu Lilian.

Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, apoio do Sesi Cultura e da TV Educativa do Espírito Santo, o Cultura em Toda Parte – Módulo Norte conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC) para realizar Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Galpão Produções

About Galpão Produções