As atividades de formação da primeira parada da Região 2, da Caravana do Cultura em Toda Parte, na cidade de Baixo Guandu, foram um sucesso. Na sexta-feira (18) e no sábado (19), o público participou de quatro oficinas e duas palestras, com foco na cultura, com formações nos campos da fotografia, da escrita, da leitura, do teatro, da botânica e captação de recursos.
O Secretário de Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha, falou sobre a importância das atividades de formação no Cultura em Toda Parte. “Um destaque foi a parte de formações. Vários jovens, várias crianças participando ativamente desde a quinta-feira de uma programação riquíssima de oficinas formativas. Isso planta uma semente para um futuro com cultura, com respeito ao outro. É isso que a gente quer para o nosso estado do Espírito Santo, para o nosso Brasil”.
Quem abriu a programação na sexta-feira (18) foi Thais Gobbo, com a Fotografia, Olhares e Afetos. “A intenção desses dois dias de oficina é que a gente faça a aula teórica, que abordou os termos técnicos e como a gente consegue trabalhar o olhar antes de pegar na câmera em si, além das configurações para fazer fotos com o celular. E depois apresentamos um novo olhar sobre a cidade com tudo que aprendemos na sala de aula. A turma tirou todas as dúvidas, desde informações técnicas até como poderia usar o aprendizado no dia a dia. Foi muito bacana”.
Uma das participantes da oficina Fotografia, Olhares e Afetos foi Daleti Pinheiro Felix, que aprendeu um novo olhar sobre o ato de fotografar. “Eu estou achando a oficina muito boa. Estou aprendendo muita coisa. Gostei da forma como a Thais explica. Achei muito bacana aprender sobre ângulo. Porque tem que ter ângulo pra foto para sair perfeita. Eu sempre tive interesse em aprender a fotografar e quero continuar praticando”.
Na parte da tarde, às 14 horas, teve início a oficina Corpo Popular, com Cleverson Guerrera. O instrutor destacou o processo de criação com a turma. “Foi bem desafiador. Foi o primeiro contato deles com a cena, com o fazer teatro. No primeiro exercício eles se retraíram. Mas depois a gente foi quebrando, com a coisa do corpo, esse corpo popular que dá nome a oficina e, através de algumas dinâmicas, a gente foi conquistando e depois já estávamos ali plenos na atividade. Foi bem legal”
Nicole Fernandes Mariano foi uma das alunas que participaram da oficina ministrada por Cleverson. “Eu estou achando o curso uma novidade bem criativa e bem legal. Eu sou bem comunicativa e já fiz teatro na minha escola.No começo eu estava bem tímida, mas quando começou a dinâmica eu fiz. Na oficina você ri, aprende com seus erros. Foi legal”.
Também às 14 horas, teve início a oficina Escrita Poética, com Lívia Corbellari. A escritora e jornalista destacou a importância deste projeto de circulação. “A cultura e a arte em locais, fora de Vitória, são muito importantes para a gente movimentar os artistas dos próprios locais, das nossas regiões e também fazer um intercâmbio com outros artistas de outras regiões e assim, a gente conseguir de fato, a cultura em toda parte”.
A programação do primeiro dia contou com duas palestras: Cultura e Botânica se Encontram na Construção de Saberes Locais, com Andressa Catarina; e Produção e Captação de Recursos para Projetos Culturais, com Ursula Dart. “Eu tenho uma formação de audiovisual, mas eu pretendo fazer uma troca com os alunos de experiência de gestão, de dia a dia e de vida mesmo. Uma coisa mais abrangente dentro desse grande recorte que é fazer cultura” pontuou Ursula.
No sábado (19) a programação de formações teve sequência e contou com uma nova formação, a oficina de Mediação de Leitura, com Lilian Menenguci. A pedagoga Daiane Berger foi uma das inscritas na atividade. Para ela, a ação foi uma grande oportunidade de ampliar seu olhar para a educação. “Muito conhecimento, muita troca de experiências. Penso que vai ajudar muito na nossa vida pessoal e profissional também”.
Para Lilian Menenguci estar na cidade de Baixo Guandu foi uma oportunidade de troca de saberes. “Cultura é direito! Estar com guanduenses, conduzindo a oficina de mediação literária – trazendo o livro, a leitura e a literatura – foi uma experiência bonita, sensível e poética. Além da troca de conhecimentos, tivemos a oportunidade de (re)conectarmo-nos por meio da Arte que, sem dúvida, (trans)forma cada um de nós. A escuta sensível, o olhar curioso e a entrega de cada uma das pessoas marcou o nosso encontro. Nele, sim, lemos as palavras. Mas, também lemos o mundo que cada pessoa é. Uma mostra de que política e poética podem andar juntas”.
O Cultura em Toda Parte 2022 é uma idealização da Secretaria da Cultura do Espírito Santo e conta com a gestão e operacionalização do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA. Essa iniciativa também conta com apoio da Findes e do Sesi.
O Cultura em Toda Parte foi viabilizado por Edital de Chamamento da Lei Aldir Blanc, vinculada à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.