Palestra com Paulo Boccato apresentou mecanismos de financiamento para um produto audiovisual

By 5 de junho de 2021junho 11th, 2021Notícias
Boccato

Palestra Financiamento: como encontrar alternativas de financiamento para seus projetos audiovisuais em um mercado em transformação

Pensar em alternativas para um financiamento de um projeto audiovisual. Esse foi o tema da palestra Financiamento: como encontrar alternativas de financiamento para seus projetos audiovisuais em um mercado em transformação, com o produtor Paulo Boccato. A atividade de formação aconteceu no dia 04 de junho, dentro da programação do projeto Cultura em Toda Parte – Módulo Norte

Boccato começou falando sobre como se financia um filme. “Como qualquer negócio existem diversas maneiras de se financiar um filme. Mas tem algumas características específicas do financiamento de um produto audiovisual. Em cinema, tem vários elementos que você pode negociar em um mesmo produto. Então quando você vai fazer o financiamento de um produto audiovisual você precisa entender o que esse produto contém. Às vezes um filme ou uma série contém vários elementos que podem ser negociados separadamente”. 

Na sequência, ele falou sobre cessão de direitos de um produto audiovisual e falou sobre direitos de distribuição e de renda.  “O mais básico quando se negocia um filme são os direitos sobre aquele filme. Tirando os direitos autorais, que são os direitos que a pessoa tem por ter feito a obra, são os direitos de distribuição – que são os direitos de vender ou exibir aquele produto – e esses direitos podem ser limitados ou ilimitados. Dependendo do valor que você negocia, você pode vender por anos ou pra sempre. Você pode vender para um país ou para o mundo inteiro”. 

Depois ele falou sobre o direito sobre a receita. “O outro direito que você negocia é o direito sobre as receitas, ou seja, você também pode vender parte dos seus filmes para empresas, pessoas ou fundos que vão ter direitos de participação nas receitas que o seu filme gerar” explicou o produtor. O cara vai investir o dinheiro no seu filme e isso vai representar um percentual nas receitas que os filmes e séries vão gerar na hora da que eles começam a ser distribuídos” explicou o produtor. 

Ele também falou sobre a possibilidade de direitos derivados, quando você vende a possibilidade de, por exemplo, refilmagem do seu filme ou série; e o direito de produtos licenciados de fora da cadeia do audiovisual, como camisetas, bonecos, entre outros produtos. 

Paulo também destacou as duas formas mais comuns de financiamento no Brasil na atualidade: o soft money, uma possibilidade de investimento feito, por exemplo, através de financiamentos públicos ou de alguma instituição, que normalmente exigem contrapartidas sociais. Outra possibilidade é a “Venda de Porteira Fechada”. É quando o investidor arca com todo financiamento, mas o realizador abre mão de todos os direitos. “Eu acredito, que com as mudanças que estão acontecendo no mercado, isso vai mudar e vai evoluir para formas mais sofisticadas de financiamento que são usadas no resto do mundo”. 

Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, apoio do Sesi Cultura e da TV Educativa do Espírito Santo, o Cultura em Toda Parte – Módulo Norte conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC) para realizar Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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