Oficina de Expressão Corporal, com Marcelo Ferreira
Conhecer e experimentar a linguagem corporal. Essa foi a proposta da oficina Expressão Corporal, com diretor, ator e bailarino da Cia Teatro Urgente, Marcelo Ferreira. A atividade de formação, que aconteceu entre os dias 03 e 05 de junho, faz parte da programação do projeto Cultura em Toda Parte – Módulo Norte.
#Dia1
“Quando você vai trabalhar com arte, envolve teoria e prática, porque você está sempre embasado em alguma referência” explicou Marcelo no começo da oficina, que depois definiu de forma geral a expressão corporal está no limiar do teatro e da dança. É um corpo que se movimenta, que quer dizer alguma coisa”.
Na sequência, o diretor explicou sobre o que a oficina irá falar. “A expressão corporal que me interessa, e que eu trabalho, e que nós vamos praticar aqui um pouco é a expressão voltada para o lado mais interior. A um sentimento que você não consegue expressar na vida. A não ser exagerando o gesto, intensificando o drama. É o sentimento interior. É o corpo mostrando subjetividades”.
Marcelo também apresentou um vídeo para falar do seu processo de criação. A parte teórica também trouxe informações sobre o corpo, a expressividade dos gestos e a força da teatralidade, além de elementos das artes visuais que contribuem para a composição cênica. Depois o grupo realizou uma série de exercícios e cada uma das alunas realizou um breve solo inspiradas nas informações apresentadas no primeiro dia de formação.
#Dia2
No segundo dia, Marcelo falou sobre o impacto da obra de Kazuo Ono nas suas pesquisas teatrais e de dança. “Essa dança moderna japonesa, que surge no pós segunda guerra, tem várias vertentes. O Kazu Ono é um butô mais lírico. Ele é católico, tem uma relação com a família. Então os temas dele são muito misticos”.
Marcelo apresentou diversas referências teóricas para os alunos. Que interagiram e trocaram com o instrutor antes da aula prática. Na sequência, tendo com referência algumas marcações do balé, as alunas trabalharam a expressão facial, a movimentação dos braços a partir de uma coreografia desenvolvida por Ferreira. Encerrando, cada uma das alunas fez um breve solo.
#Dia3
No terceiro e último dia de evento a troca entre alunos e instrutor continuou. O grupo assistiu um trecho de um documentário sobre dança alemã expressionista e outro sobre a coreógrafa Mary Wigman. Na sequência, cada uma das alunas apresentou uma performance a partir das informações apresentadas ao longo dos três dias de formação. “A capacidade de criar uma estética em casa, com poucos recursos é genial” disse Marcelo.
O diretor também fez um balanço dos trabalhos apresentados como resultado da oficnia. “Vocês estão com solos, ou lives, super bem montados, bem caracterizados, com intensidade, com apropriação dos movimentos, com noção estética. Eu estou super grato, feliz de poder assistir e me surpreender. Eu não imaginava que fosse menor do que isso, mas vocês me surpreenderam para o melhor ainda”.
Flávia Ribeiro, uma das alunas da oficina, falou da experiência da formação. “Eu queria agradecer. Foi a primeira vez que eu fiz um curso online. Eu fiquei imaginando: ‘como será?’. E foi maravilhoso. Eu faço teatro e é importantíssimo. Muitas pessoas não têm essa consciência do quanto é importante. Não é uma coisa a parte do teatro. Tem que estar integrada mesmo”.
Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, apoio do Sesi Cultura e da TV Educativa do Espírito Santo, o Cultura em Toda Parte – Módulo Norte conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC) para realizar Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
