Oficina de Interpretação estimulou a criatividade de várias gerações de atores

By 30 de maio de 2021junho 11th, 2021Notícias

 

Verônica Gomes

Oficina Interpretação para Teatro, TV e Cinema, com a atriz Verônica Gomes

Técnicas de interpretação para os atores ‘voarem’. Está é a proposta da oficina Interpretação para Teatro, TV e Cinema, com a Atriz, Diretora Artística e Diretora de Produção Verônica Gomes. A atividade de formação, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de maio, faz parte da programação do projeto Cultura em Toda Parte – Módulo Norte

As aulas trabalharam exercícios de expressões poéticas e fragmentos de dramaturgias, buscando linhas de interpretação, desconstruindo formas e emergindo novas possibilidades de atuação, trabalhando a construção das personagens em uma linguagem voltada para o Teatro, o cinema e a televisão. 

“A gente vai conversar. Vamos dialogar sobre interpretação. Nada mais interessante para um artista, um ator ou uma atriz, do que falar e dialogar sobre interpretação” disse Verônica abrindo a oficina. 

#Dia1

A primeira aula começou com uma dinâmica que aproximou a música do teatro. “O ator tem que ouvir muita música. Música é imagem, música é poesia. E teatro são imagens de poesia. E o grande instrumento das interpretações são as emoções. Para vocês interpretarem tem que saber que o corpo é um caminhar de emoções” 

Verônica também destacou a importância do ator ser um constante aluno. Um profissional que precisa estar sempre atualizado e sintonizado com o mundo. “Para você ser ator, para você ser um intérprete você, tem que estar o tempo todo estudando e praticando”. Ela também destacou a importância da leitura. “A primeira coisa que o ator precisa saber na vida é interpretar qualquer texto. Seja um texto no jornal, em uma revista e principalmente dramaturgia”. 

#Dia2

No segundo dia de curso, Verônica falou sobre a importância de três elementos fundamentais para a existência da interpretação teatral. “Se não existir ator, se não existir público, se não existir – principalmente – emoção: não existe teatro!” afirmou ela, que complementou: “então resumidamente, o teatro é do ator. A figura mais importante”. 

Nesse segundo encontro ela reforçou a importância da ação física e da memória afetiva, técnicas desenvolvidas pelo diretor e ator russo Constantin Stanislavski. “A ação física é a materialização do seu inconsciente. Porque no inconsciente está o seu campo criativo”. E, na sequência, falou sobre memória afetiva, que é o que você traz da sua vida para o personagem. “O ator traz a memória afetiva para que esse personagem surja. Para que ele aconteça para ele”.

Ela também falou sobre a paisagem externa e interna. “A paisagem interna são todas as características que a gente lembra dos sentimentos. O personagem precisa ter vida. Ele não vem pra você se não tiver essa construção”.  Depois ela abordou a paisagem externa, que é quando o ator encontra o local em que o personagem está situado. “A paisagem externa. “O diretor leva o ator para as locações que dialogam com o personagem”. 

Os alunos também participaram de um jogo cênico, a partir de um haikai de Paulo Leminski, em que a instrutora falou sobre a partitura do ator, além da importância da voz no trabalho do ator. 

Verônica Gomes#Dia3

Na terceira e última aula Verônica propôs uma dinâmica, repetida durante os três dias de aulas, que aproxima a música da expressão corporal. “Nada melhor para o ator do que trabalhar com a música. Eu acredito que através da música vários sentimentos despertam dentro de vocês. Antes de trabalhar o texto para o cinema, teatro ou televisão, trabalhe – em casa – com música. Nada melhor para criar as justificativas, as circunstâncias dadas e as ações dos personagens. A música ajuda muito”.  

Verônica também estimulou a imaginação dos alunos com um exercício de criação coletiva, além de explicar a importância de estarem sempre se atualizando. “Quando eu coloco as músicas todas para vocês é porque eu quero que a imaginação de vocês flua. Quanto mais essa imaginação for estimulada, mais ela virá. Quando eu coloco a música, a dança, o desenho é porque eu penso que o ator e a atriz não podem ser alienados. O ator e a atriz tem que fazer uma interpretação do mundo em que vivem. O ator e a atriz tem que saber que pertencem a um lugar”. 

Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, apoio do Sesi Cultura e da TV Educativa do Espírito Santo, o Cultura em Toda Parte – Módulo Norte conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC) para realizar Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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